notícia d’alma
2007,outubro12,sexta-feira às 8:59PM | Publicado em joão-lírico | Deixe um comentárioTags: alma, cremacao, eternidade, filosofia, fim, leveza, máximas/aforismos, morte, noticia d alma, noticia da alma, poema, poesia, religião, tempo, vida, vida apos a morte
mãe que balança o berço
2007,outubro12,sexta-feira às 8:57PM | Publicado em femme, joão-lírico | Deixe um comentárioTags: berco, dia das maes, familia, femme, filho, mae, mao, mao que balanca o berco, poesia
a mão que balança o berço não é a mesma que fizera o berço;
a mão que fez o cobertor não é a mesma das mãos nenhumas anteriores.
para o habitante do berço entanto toda mão e tudo mais é mãe.
a verdade sobre a vida e a morte
2007,outubro12,sexta-feira às 8:46PM | Publicado em crônica | 1 ComentárioTags: cotidiano, crônica, cronicas, filosofia, grando, morte, pensamentos, prosa, rato, rato morto no chao, religião, texto, textos, verda sobre a vida e a morte, verdade, vida, vida e morte
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Eu vi um rato morto no chão. Um chão de concreto, a calçada, no caso, abaixo dele. Não sei exatamente quanto tempo levou para que as pessoas não percebessem mais que se tratava de um rato, entre os que não perceberam e pisaram e entre outras ações orgânicas de decomposição ordinária até que ele virasse a mancha que virou quando eu o vi. A partir de então, passou a ser pisado vulgarmente, pois estava no chão e parecia, repito, tão somente uma mancha.
Mas, por mais que as pessoas pisassem, ele jamais entrou na calçada.
Eu já fui a alguns funerais. Há neles diversas facilidades para que o corpo vá terra adentro, tal como cavar um buraco e antes de preenchê-lo adequar o corpo a uma caixa (o caixão) para que o mesmo permaneça lá “protegido”.
Mas o que o pessoal (ou a maioria, pelo menos) quer, é enviar o morto (através da alma, geralmente) ao céu (ou trazer de volta o corpo, para os mais pretensiosos). Inimigos se silenciam, patrões deixam seus empregados trabalharem somente pela manhã porque alguém de proximidade não coberta por lei certamente não aparecerá mais por aí (pois se estivesse viajando o destino poderia…), inimigos, ou ao menos nem tanto para chamá-los inimigos, fofoqueiros, que sejam, silenciam-se. E põe óculos escuros.
Mas, por mais que as pessoas rezem, chorem, pensem positivo, façam minutos de silêncio, ele não sobe ao céu.
Em ambos os casos, eles diluem-se, aos poucos, por aí. Para nós os respirarmos. Tanto o rato, quanto o gato, um pum solto por um velho, o território já queimado da Atlântica, a Lady Di, os seismossauros, a moça que tocou o filho no lixo e depois se matou, o amor da vida de cada um uma hora ou outra.
mãe maldita retardada tem de morrer
2007,outubro12,sexta-feira às 8:38PM | Publicado em crônica, femme, gente | Deixe um comentárioTags: abandono, bebe, brasil, castigo, crianca, crime, crime e castigo, culpa, dia das maes, femme, filho, gente, hipocresia, mae, mae maldita, noticia, opinião, televisao, tv
Logo cedo dia desses, o apresentador dizendo que não entra na cabeça dele como uma mãe abandona o filho (evidentemente uma mãe havia abandonado um filho em circunstâncias suficientemente desumanas para virar notícia, e ele comentava a respeito).
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